domingo, 17 de janeiro de 2010

Deixa Ela Entrar

Låt den rätte komma in
(Suécia, 2008) De Tomas Alfredson. Com Kåre Hedebrant e Lina Leandersson.

Todo mundo sabe que 2009 foi o ano dos vampiros. Eles invadiram nosso imaginário, nossas preteleiras de livros e DVD's e as salas de cinema. Mas de todos os filmes de vampiros que já fora (e que irão ser feitos), talvez o mais elogiado seja "Deixa Ela Entrar", um filme que vem da Suécia. Isso mesmo, Suécia! O longa foi elogiado pela crítica especializada e fez um sucesso tamanho. Tanto que Hollywood já está produzindo o remake americano. Pena que só pude assistir agora, alguns meses depois do lançamento do filme no Brasil.

Oskar é um garoto que sofre com as implicâncias de outros garotos na escola. Sua sede de vingança e seu ódio reprimido fazem com que ele colecione artigos sobre lutas marciais e assassinatos, além de treinar golpes mortais em seu quarto. Mas Oskar não tem coragem de fazer nada disso, afinal, é só um garoto solitário. Sua solidão é sacudida com a chegada de Eli, uma menina de 12 anos que se muda para o apartamento vizinho. Com a sua chegada, estranhos assassintaos começam a acontecer no bairro. Tambem, pudera: Eli é uma vampira. Sem saber disso, Oskar começa a nutrir sentimentos por Eli e a garota também passa a olhá-lo diferentemente. Mas a relação dos dois pode se tornar perigosa, já que a sede de Eli pode sair do controle.



Pra quem estava esperando um filme de vampiros ao estilo "30 Dias de Noite" (como eu estava), "Deixa Ela Entrar" não é assim. É um drama. Tem lá suas horas de impacto, mas o filme é dramático. Essa carga emocional é percebida no drama do garoto incomodado pelos colegas de escola, além de sofrer com a solidão que a separação dos pais trouxe. E também com Eli, que não desperta nenhuma aversão, mesmo sabendo que ela devora pessoas para sobreviver. Sua solidão chega a ser pior do que a de Oskar. É a relação dos dois que dá um fiapo de esperança a eles e que é o fio condutor da história.


Não tem muitos efeitos especiais, e quando eles aparecem não são o destaque. É o roteitro que sustenta o filme, apesar de ele mostrar a melhor combustão de um vampiro pelo sol de toda a história cinematográfica! Definitivamente o melhor filme de vampiros do ano. Só uma pena não ter mais ação ou terror, porque é assim que ele foi vendido. Mas enfim, a versão americana deve ter tudo isso mesmo...

Nota: 8,5

Nenhum comentário: